COMO CHEGAMOS AO TOPO DO MONTE FUJI
Em agosto de 2016, um grupo de funcionários da Canadian Solar escalou o Monte Fuji até ao cume. Isto demonstra as amizades formadas entre colegas de trabalho na Canadian Solar. Também oferece uma oportunidade única para refletirmos sobre a jornada da Canadian Solar em direção a se tornar uma das 3 principais empresas de energia solar do Japão. O Japão é um país muito fiel a suas marcas e escalar a montanha da energia solar para chegar ao topo foi uma jornada de persistência. Em 2009, bem antes do início da corrida fotovoltaica no Japão, estabelecemos uma base em Tóquio. O tsunami e a resultante tragédia nuclear, em 2011, estimularam o Japão a implantar um programa de tarifas reduzidas para energia renovável. Em função de nossa presença perene no Japão, estávamos no lugar e momento certo quando precisaram de auxílio para converter o país de energia nuclear para energia solar. Em 2015 fornecemos perto de 900 MW em painéis solares ao Japão, tomando uma fatia de mais de 10% do mercado local e nos tornando a marca estrangeira número 1, e a marca número 3, no geral. Até o segundo trimestre de 2016, já havíamos entregado mais de 2500 MW no Japão. Em 2013 expandimos o escopo de nossas atividades de negócio no Japão, passando de simples fornecedor de painéis solares ao desenvolvimento e construção de usinas solares, no esquema turn-key. Ao entrarmos nessa fase de nossa ascensão, descobrimos que nossa subida era mais lenta do que esperávamos. Os problemas enfrentados no Japão eram similares aos problemas que a Canadian Solar já experimentara no desenvolvimento de projetos em outros países. Educar a comunidade a em relação à energia solar, mitigar os impactos visuais e os possíveis impactos na vida selvagem foram preocupações comuns. O que aconteceu de diferente no Japão foi a abordagem e tempo que levou para atingirmos consenso com relação a essas questões. A Canadian Solar iniciou a operação comercial de seu primeiro projeto no Japão em 2014, um projeto de 1,2 MW denominado“Shibushichocho”, que produz aproximadamente 1,533 MWh de eletricidade limpa por ano. A equipe de EPC designada a este projeto era composta de funcionários locais e estrangeiros, escolhidos em vários escritórios da Canadian Solar, em todo o mundo. Ainda assim, nossa equipe se encontrou em situações desconfortáveis, enfrentando desafios com os fornecedores locais, em relação a garantias de desempenho, embalagens EPC e especificações definidas pelo cliente. Conseguimos superar esses desafios trabalhando incontáveis horas com as equipes de engenharia e comerciais de nossos parceiros de construção japoneses. Nos últimos dois anos, executamos mais de 80 MW de contratos EPC internacionais, com fornecedores japoneses, incluindo a Toshiba e a Hitachi. Como uma empresa canadense, também descobrimos que o financiamento é um desafio no Japão, uma vez que existem muito poucas financeiras locais que trabalham com patrocinadores estrangeiros. Nossa equipe superou este desafio apresentando bancos internacionais com relações bem estabelecidas com a Canadian Solar. No começo deste ano, fechamos com sucesso nosso primeiro vínculo verde de classificação“A”no Japão, o primeiro para um patrocinador de projetos solares estrangeiros neste país, e recebemos a classificação preliminar “A” em dois outros projetos. Eventualmente, conquistamos a confiança dos bancos japoneses, por comprovarmos garantias para um empréstimo significativo feito por um mega banco japonês. Ainda faltam 37 GW para o Japão atingir a meta de 67 GW estabelecida por seu governo. Até agora, foram entregues a clientes japoneses 2.500 MW em módulos solares da Canadian Solar, 22 MW em usinas solares foram colocados em operação, 120 MW de projetos estão atualmente em construção e temos encomendas de projetos perto dos 600 MW com metas de construção para os próximos anos. O Japão também é meu país favorito para esquiar. Desde os dez anos, passo minhas férias de inverno lá, mas as montanhas do Japão valem a pena a visita o ano todo. Já estou aguardando ansiosamente para me juntar à equipe que fará a próxima escalada ao topo do monte Fuji. (Este artigo foi veiculado inicialmente como uma publicação no LinkedIn pelo Dr. Shawn Qu, CEO da Canadian Solar)